Dia 21 de setembro lembramos o dia da árvore. Busquei no livro "Bocas do Tempo", de Eduardo Galeano, uma historieta parecida com os sentimentos que sugerem tanto esta velha amiga, tão vorazmente consumida, diariamentente, pela humanidade inteira.
Sete mulheres sentaram-se em círculo.
De longe, da sua cidade de Momostenango, Humberto Ak'abal havia trazido para elas algumas folha secas, recolhidas ao pé de um cedro.
Cada uma das mulheres quebrou uma folha, suavemente, contra o ouvido. E assim abriu-se a memória da árvore:
Uma sentiu o vento soprando junto à sua orelha.
Outra, a fronde que, devagarinho, balançava.
Outra, um bater de asas de pássaros.
Outra disse que em sua orelha chovia.
Outra escutou um bichinho qualquer que corria.
Outra, um eco de vozes.
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