sábado, 26 de setembro de 2009

Rotinas de Estágio do Quarto Magistério



O terceiro bimestre está findando...

Neste período rápido de dois meses (agosto/setembro), descontado o tempo no qual evitamos aglomerações e contatos próximos com crianças nas atividades de Estágio (gripe), realizamos importantes trabalhos de ensino e aprendizagem, tanto com crianças da Educação Infantil como das Séries Iniciais.


As estagiárias do quarto ano estão finalizando sua regência de aulas em turmas das Séries Iniciais. Destacaram-se pelo empenho no planejamento e desenvolvimento de aulas no ensino de conteúdos específicos propostos pelas professoras em cujas turmas estagiaram. Algumas distinguiram-se pelo enfoque dado aos conteúdos utilizando-se de dinâmicas, brincadeiras e bom relacionamento estabelecido com as crianças. Outras esmeraram-se na utilização de recursos didáticos que oportunizaram o envolvimento dos alunos com a própria aprendizagem. Também cabe destacar a utilização das novas tecnologias: computador, internet, datashow, televisão, DVDs ou fitas VHS. Todas, porém, preocuparam-se em dominar os conhecimentos básicos, pela revisão de literatura e estudo, do que ensinariam em sua semana como professoras estagiárias. Muito têm ainda a aprender como condutoras do processo de ensinar e aprender em sala de aula e fora desta. Mas, como principiantes em sua escolha profissional, estão de parabéns! Parabenizamos a alegria, criatividade, pesquisa, empenho, responsabilidade, bom relacionamento com os profissionais mais experientes e com as crianças.



Aproveitamos para agradecer a todas as professoras das Séries Iniciais da E.E.B.Paulo Blasi pela participação direta na formação destas novas professoras; agradecemos também às tecnólogas da sala de informática, D. Elai, na cozinha e à acessora de direção respondendo interinamente pela direção da escola, Sra Ana Lúcia Thibes. E a todos, que de uma forma ou de outra , colaboraram para o bom êxito no início da vida profissional destas jovens professoras, especialmente crianças das turmas onde vivenciaram esta experiência.



Quanto à prática docente na Educação Infantil, queremos destacar as atividades em andamento nas creches municipais, tendo em vista que nos prés já foram realizadas no primeiro semestre. Nas aulas de Psicologia da Educação e Didática da Educação Infantil, temos priorizado o conhecimento sobre desenvolvimento  de bebês e o cuidado afetivo e educativo com estes na creche. Em outro momento, relataremos um pouco mais destas atividades.


Também nas aulas de Psicologia da Educação fizemos um estudo básico sobre as diferentes deficiências humanas, complementado pelo período de dez horas aulas de observação, conduzida pelos profissionais, educadores que atuam na APAE do nosso município. Segundo as estagiárias do quarto Magistério, foi essencial este contato com crianças, jovens e adultos deficientes, além daquele já vivenciado na E.E.B Paulo Blasi e ACADAV (Associação Camponovense de Apoio aos Deficientes Auditivos e Visuais). Nosso agradecimento, portanto, à equipe de profissionais e educadores da Escola de Educação Especial Menino Deus.


E continua o ano letivo ....,




sábado, 19 de setembro de 2009

Palavras para vocês

Dia 21 de setembro lembramos o dia da árvore. Busquei no livro "Bocas do Tempo", de Eduardo Galeano, uma historieta parecida com os sentimentos que sugerem tanto esta velha amiga, tão vorazmente consumida, diariamentente, pela humanidade inteira.

                    Árvore que recorda 
  Sete mulheres sentaram-se em círculo.
 De longe, da sua cidade de Momostenango, Humberto Ak'abal havia trazido para elas algumas folha secas, recolhidas ao pé de um cedro.
 Cada uma das mulheres quebrou uma folha, suavemente, contra o ouvido. E assim abriu-se a memória da árvore: 
 Uma sentiu o vento soprando junto à sua orelha.
 Outra, a fronde que, devagarinho, balançava.  
 Outra, um bater de asas de pássaros. 
 Outra disse que em sua orelha chovia.
 Outra escutou um bichinho qualquer que corria. 
 Outra, um eco de vozes.  
 E outra, um lento rumor de passos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pensando Maneiras

Especialmente escrito para as alunas do 4º Magistério

Sugestões :
a)Para ter boas maneiras na comunicação e  convivência profissional não é necessário fingimento e nem "sinceras grosserias". Em nosso trabalho não podemos nos comportar como se estivéssemos em nossa casa ou em um local de lazer e descontração. Nem num divã de analista. Claro que o bom humor em nossas relações é melhor que atitudes queixosas que nos impedem de pensar e agir com mais desenvoltura. O bom humor favorece a superação de dificuldades de diferentes naturezas, até mesmo cansaço e dores, presentes em nosso dia a dia de estudo e trabalho. Quem opta por ser professora certamente sabe das exigências de leitura e aprofundamento constantes e do que abre mão para conseguir exercer sua função com qualidade. E que o difícil é desafio, sinônimo para ludicidade. Toda dificuldade superada torna-se logo experiência, facilitadora na superação dos novos desafios!
b)Nossa cotidianeidade  requer cordialidade, independente do status de poder conferidos a esta ou aquela função exercida por seres humanos semelhantes a nós.   Se as boas maneiras  são oferecidas somente a pessoas do  "interesse imediato", com empatia por nossas ações  ou por medo de retaliações daqueles que abusam de seu poder, haverá falhas com a  honestidade e democracia, qualidades  indispensáveis  na vivência  diária com o que mais nos humaniza: o trabalho! Mesmo sendo nosso trabalho, muitas vezes, não devidamente valorizado, é ele nossa base de sobrevivência. Sermos gratas, cumprimentarmos, olharmos para as pessoas, pedirmos desculpas, sempre que preciso; evitarmos comentários maldosos sobre a ação dos outros e "vingancinhas" pessoais são atitudes favoráveis a um clima mais saudável na escola. Se algo não vai bem no trabalho, é hora do diálogo franco, aberto, mas sempre conciliatório. O conflito é bem vindo, desde que permita a mudança para melhor. Escola é um espaço coletivo. Portando, rodas cordiais de conversa pedagógica são primordiais, não são perda de   tempo.
c)Boas maneiras verdadeiras são  impossíveis sem a beleza da ética, que não nos torna  fracos em nossa humildade e dignidade de sermos  o que somos, mas fortes na esperança de construirmos, através de nossa profissão, um mundo melhor além do básico pão nosso de cada dia com todos os direitos e deveres de um verdadeiro cidadão, não somente do "pão e circo"; o tempo de massa de manobra urge ser transformado  constantemente.
d)Cabe, então, pensarmos  o que entendemos por trabalho na escola? O que é trabalhar? Qual a melhor qualidade do trabalho? Em se tratando do profissional professor, o que define seu trabalho como qualificado adequadamente, além do saber pensar, fazer e ensinar enquanto aprende? Pensar também é considerado fazer? Comunicar-se é necessário para os professores ou é uma perda de tempo? Mais ou menos aulas; menor ou maior remuneração; dentro ou fora de sala de aula... Quem pode calcular a melhor qualidade educativa?  Quais os interesses por trás das ideologias sobre ser professor?

"A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade.O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade. Não posso condicionar a avaliação do trabalho escolar de um aluno ao maior ou menor bem querer que tenha por ele" (Freire,1996).

sábado, 5 de setembro de 2009

Lembrando a Pátria

 
Tantos rostos na pintura de Tarsila do Amaral lembram a "Pátria amada" feita de gente, de povo...
   SER POVO

  Ser povo
É trazer na alma

O segredo da humanidade

Inteira debulhada
Na cotidianidade
Do sofrimento
Partilhado
E explodido
Na forma,
No jeito ...
Viver de homem-povo.
Ser povo
É construir de novo
E sempre
A alegria da simplicidade
Nova na criatividade
Inigualável do ser-povo!
Ser povo
É crer em gente
E novamente
No outro dia,
Fazendo a história,

Guardando na memória viva

Sua transcendência
Temporal e espacial,
De ser-povo, homem novo.
 (Denise Ottonelli,1987 )