sexta-feira, 10 de julho de 2009

Momentos Culturais



1ª FOTO - Alunas do 3º Magistério em apresentação na I Gincana Junina/Julina da E.E.B. Paulo Blasi (acompanhadas pelas professoras Rosimari e Denise)


2ª FOTO - Alunas do 4º Magistério em apresentação na I Gincana Junina/Julina da E.E.B. Paulo Blasi (acompanhadas pela professora Denise ). Detalhes: a) A boneca de pano, de vestido vermelho,no palco, foi confeccionada pelas alunas do 4º Magistério lideradas pela colega Eliane E. Vieira. b) A boneca de pano, sentada, com uma das pernas cruzadas, em frente ao palco e ao lado do boneco "Michael Jeca", foi confeccionada pela turma do 3º Magistério, sob orientação da professora Maria.



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Registro de aprendizagem

Curso "Sexualidade Infantil"
(Franciele Dionísio- 3º Magistério)

Em junho/09 participei de um curso sobre sexualidade infantil, juntamente com colegas de magistério, professoras e funcionários da escola em geral. Sobre esse complexo assunto diante da sociedade percebe-se que fazer orientação é mais fácil e simples do que explicar a sexualidade em sua essência.

A educação sexual envolve a todos, família, alunos, professores, diretores e funcionários do ambiente escolar. Os pais não devem pensar que esse assunto só se aprenderá na escola, que os professores têm essa obrigação... Pois sexualidade inicia-se em casa, com as observações que as crianças fazem referentes aos pais. No curso, o jogo de perguntas e respostas foi muito interessante e útil. Referiu-se a várias dúvidas corriqueiras na educação sexual infantil emancipatória. Essas perguntas servem tanto para o ambiente familiar como para o escolar (situações didáticas e objetivas).

Sobre a história da sexualidade, no passado já havia um modelo de família, as pessoas viviam em grupos e se ajudavam. A sexualidade era liberada ou seja, as pessoas se relacionavam umas com as outras livremente. As crianças que nasciam destes relacionamentos eram amadas por todos da comunidade: homens e mulheres. No Brasil, atualmente, a sexualidade é diferente. O erotismo é precoce. Enquanto em outros países a porcentagem de gravidez precoce corresponde entre 12% e 14%, no Brasil o índice chega a 25% e tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.

Hoje, uma construção sexual emancipatória se dá através, primeiramente, de um processo que exige tempo e requer conhecimento. Nosso corpo fala, expressa-se, é nosso instrumento de comunicação. Nosso olhar pode ser revelador, por isso algumas pessoas têm mais facilidade ao olhar enquanto outras sentem-se incomodadas e inquietas com essa ação. Os sentimentos são os pontos fortes da sexualidade, porque quando não se está bem com os sentimentos isso, consequentemente, afeta a vida sexual do ser humano. Quando a pessoa está de mal com a vida, com seus sentimentos e emoções, ela sente-se inferior, incapaz em relação às outreas pessoas. Tem dificuldades e não consegue encarar os desafios de frente. Com a correria em que se encontra o mundo as pessoas ficam distantes, não mantêm relações de afetividade. Em uma sala de aula, às vezes, alguns colegas se aoutoexcluem ou são excluídos por outros e nada acontece para mudar tal situação. Então, a dinâmica do abraço sugerida no curso incluiria esse aluno que interagiria com o restante da classe. Um verdadeiro abraço deve ser dado com os olhos fechados, boca fechada, as pessoas devem estar próximas, encostadas. Sem medo e, de certo modo, preconceito em encostar seus genitais cobertos pelas roupas .
Outra atividade para aproximação da turma seria a "dinâmica do corpo", na qual a professora diz, como uma ordem de comando de brincadeira: quatro mãos, quatro cotovelos, etc.

Autoestima, sexualidade e afetividade são palavras que têm uma ligação, envolvem-se! Sendo assim,uma precisa da outra, uma se encaixa na outra. Fazer coisas simples é o que nos dá a diferença... Valorizar-se, gostar de si, amar-se são coisas que fazem a diferença na vida sexual das pessoas. A mídia expõe demais os padrões de beleza que quase nunca se relacionam com a maioria da sociedade. A pessoa precisa valorizar seu corpo, respeitá-lo e não seguir compulsivamente as exigências de moda.

Com a teoria de Freud e a Psicanálise, começou-se o questionamento se a sexualidade iniciaria somente na puberdade. Mas foi descoberto que a sexualidade começa desde o nascimento. E para este estudo Freud estabeleceu as fases psicosexuais do desenvolvimento. São elas: fase oral, fase anal, fase fálica, fase de latência e fase genital. Nessas fases as crianças concentram sua libido em aspectos comuns, como o prazer em levar tudo o que encontram à boca, quando bebês. Ou sentem prazer em reter ou liberar suas fezes. Depois concentram sua atenção para seus órgãos genitais, sentindo prazer em manipulá-los. Nesta fase também surgem o complexo de Édipo (meninos) ou de Eléctra(meninas). Os pais devem estar atentos, é comum a masturbação, tanto em casa como na escola. É necessária a orientação para que essa ação seja feita em lugar privado (exemplo: banheiro). Professores e pais devem dirigir essas crianças a atividades diversificadas como brincar com argila, barro, massa de modelar, entre outras possibilidades.

Na fase genital surge a sexualidade genital que, até certo ponto, estava de fato adormecida. O adolescente pode ter um comportamento arredio e agressivo, rebelde. O comportamento e atitudes dos pais também influenciam no temperamento dos filhos. A masturbação é vista como descarga de impulsos e também uma preparação para as relaços sexuais. Para não haver problemas os pais devem conversar com seus filhos, mas isso nem sempre é possível porque não sabem como fazer esse diálogo.

No DVD
do professor Nunes, assistido no curso, observa-se que as pessoas estão, cada vez mais, afastando-se umas das outras. As visitas aos vizinhos não acontecem mais. No passado, as pessoas visitavam-se, os antigos tinham o costume de fazer almoços com a família reunida e hoje, com a pressa do mundo, isso é menos possível. O diálogo, a reflexão devem existir sempre. Os pais precisam se organizar, serem educadores de seus filhos em casa. Uma sugestão seria assistir um filme com seus filhos e depois sentar-se à mesa para conversar, esclarecer as dúvidas, explicá-las ... Mas de um modo natural, sem tabus, sem preconceitos e sem repressões. A repressão torna-se um obstáculo na vida das crianças. Por isso pais e professores não precisam explicar em detalhes mínimos o que as crianças perguntam. Devem, sim, dizer somente o que foi pedido, sem mentir, sem brigar, sem sair do assunto. explicar o básico e sempre na linguagem que elas entendam. As coisas precisam de uma explicação verdadeira.